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Apresentação

Uma biblioteca infinita contém, no ilimitado de seu acervo, todas as datas e efemérides possíveis. Não sendo exatamente infinita, mas tão somente gigantesca e de limites indeterminados, a Biblioteca Nacional abriga uma inumerável coleção de marcas temporais. Poucas terão a força dos 750 anos de nascimento de Dante Alighieri, comemorados neste ano de 2015. Data que, ao mesmo tempo em que alude à biografia e à obra do genial poeta toscano, diz respeito à história desta instituição que, em 1925, marcou o sexto centenário de sua morte, ocorrida em 1321, com uma exposição “biblio-iconographica”.

Com esta mostra celebramos o nascimento de Dante, com a distância interposta de sete séculos e meio. A força da rememoração reside na convicção de que Dante permanece entre nós, como um dos monumentos literários estruturantes de nossa experiência civilizatória. Ainda que fixado em sua circunstância florentina – trata-se afinal de um homem que amava a sua cidade, Florença – e preocupado com a busca de uma forma política capaz de erradicar a avareza, a tirania e a violência, Dante é dotado de uma dimensão de universalidade e de intertemporalidade. Pertence, pois, a todos os espaços e a todos os tempos.

Como parte deste vasto mundo, à Biblioteca Nacional é dado dizer que Dante também lhe pertence. Com efeito, a exposição Dante: poeta de toda a vida dá a ver parte do acervo dantesco da Casa. Uma iniciativa compartilhada, com alegria, com o Istituto Italiano di Cultura e com o Consulado da Itália, no Rio de Janeiro.

Renato Lessa
Presidente da Biblioteca Nacional


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