Cinearte
12 nov 2014Artigo arquivado em Hemeroteca
Em busca da modernidade, uma das palavras de ordem que marcaram as grandes cidades ocidentais no início do século XX, o Rio de Janeiro também foi palco, na mesma época, de profundas mudanças em sua paisagem urbana. Capitaneadas pelo prefeito Francisco Pereira Passos, com apoio decisivo do presidente da República, Rodrigues Alves, as reformas modernizadoras tinham por objetivo transformar a então capital federal numa cidade que pudesse rivalizar, pelo menos em matéria de bom gosto arquitetônico e estética urbana, com as melhores urbes europeias.
Foi parte significativa dessa modernização a verdadeira revolução no mundo audiovisual operada pelo “cinematógrafo”, ou melhor, “cinemathographo”, logo chamado de cinema. Em 1905, inaugurava-se a Avenida Central (hoje Rio Branco) e logo depois o Teatro Municipal. a Biblioteca Nacional e o novo prédio do Museu Nacional de Belas Artes, e também os primeiros cinematógrafos cariocas. Anos depois, a Cinelândia, como ficou conhecida posteriormente a Praça Floriano, se converteria num complexo de lazer tendo o cinema e os bares como principais atrações. Foi nesse último contexto histórico que surgiu, em 1926, Cinearte, uma das mais importantes revistas sobre o tema que circularam no país.
Referência obrigatória para quem deseja conhecer a história do cinema, Cinearte apareceu no momento em que a mídia assumia importante papel na formação cultural da sociedade. O interesse pelo cinema havia crescido, e a imprensa não poderia ficar indiferente ao fenômeno. A seção de cinema da revista Para Todos fazia tanto sucesso entre os leitores que surgiu a ideia de transformá-la numa publicação independente... Nascia assim Cinearte.
Criada por Mário Behring e Adhemar Gonzaga, a nova revista oferecia aos leitores informes sobre produções hollywoodianas, mas também dava destaque às incipientes produções nacionais da época e ao mercado cinematográfico, em seções que tratavam de temas variados. Entre essas seções, uma em especial, a crítica de cinema, que logo se tornaria indispensável nos grandes periódicos do país.
Cinearte era feita por intelectuais, cineastas, advogados, literatos, educadores, críticos de arte e até advogados. Publicação quinzenal desde 1933, tornou-se depois bimensal e, em sua última fase, mensal. A tiragem chegou à notável marca de 250 mil exemplares por edição.
Impressa em papel jornal, era inspirada na revista americana Photoplay. Seus padrões de papel e formato pouco mudaram até a última edição, que foi o número 561, de julho de 1942. Media 31cm x 23cm. As cores das imagens variavam entre o azul, verde, marrom, vermelho. Algumas edições tinham páginas em papel especial,contendo apenas anúncios publicitários. A Biblioteca Nacional possui em seu acervo 569 edições referentes aos anos 1926 a 1942, todas digitalizadas e disponíveis neste site.
Foi parte significativa dessa modernização a verdadeira revolução no mundo audiovisual operada pelo “cinematógrafo”, ou melhor, “cinemathographo”, logo chamado de cinema. Em 1905, inaugurava-se a Avenida Central (hoje Rio Branco) e logo depois o Teatro Municipal. a Biblioteca Nacional e o novo prédio do Museu Nacional de Belas Artes, e também os primeiros cinematógrafos cariocas. Anos depois, a Cinelândia, como ficou conhecida posteriormente a Praça Floriano, se converteria num complexo de lazer tendo o cinema e os bares como principais atrações. Foi nesse último contexto histórico que surgiu, em 1926, Cinearte, uma das mais importantes revistas sobre o tema que circularam no país.
Referência obrigatória para quem deseja conhecer a história do cinema, Cinearte apareceu no momento em que a mídia assumia importante papel na formação cultural da sociedade. O interesse pelo cinema havia crescido, e a imprensa não poderia ficar indiferente ao fenômeno. A seção de cinema da revista Para Todos fazia tanto sucesso entre os leitores que surgiu a ideia de transformá-la numa publicação independente... Nascia assim Cinearte.
Criada por Mário Behring e Adhemar Gonzaga, a nova revista oferecia aos leitores informes sobre produções hollywoodianas, mas também dava destaque às incipientes produções nacionais da época e ao mercado cinematográfico, em seções que tratavam de temas variados. Entre essas seções, uma em especial, a crítica de cinema, que logo se tornaria indispensável nos grandes periódicos do país.
Cinearte era feita por intelectuais, cineastas, advogados, literatos, educadores, críticos de arte e até advogados. Publicação quinzenal desde 1933, tornou-se depois bimensal e, em sua última fase, mensal. A tiragem chegou à notável marca de 250 mil exemplares por edição.
Impressa em papel jornal, era inspirada na revista americana Photoplay. Seus padrões de papel e formato pouco mudaram até a última edição, que foi o número 561, de julho de 1942. Media 31cm x 23cm. As cores das imagens variavam entre o azul, verde, marrom, vermelho. Algumas edições tinham páginas em papel especial,contendo apenas anúncios publicitários. A Biblioteca Nacional possui em seu acervo 569 edições referentes aos anos 1926 a 1942, todas digitalizadas e disponíveis neste site.
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