Vista geral da construção e estrutura, 1909.
Parte externa e alvenaria, 1909.
Vista superior da estrutura, 1909.
Vista frontal, 1909.
Estrutura do telhado, 1909.
Ao transpor o oceano rumo ao novo reino, o príncipe Dom João VI trouxe consigo uma biblioteca. O Brasil independente transformou a velha coleção real em biblioteca oficial do novo país.
Em 2010, completam-se duzentos anos desde que o monarca criou na capital da América portuguesa a instituição que se tornaria a Biblioteca Nacional. Primeiramente os livros foram armazenados no convento do Carmo, próximo ao Paço e ali permaneceram até sua mudança, em 1858, para o edifício no Passeio Público, sobre o qual posteriormente seria erguida a atual Escola da Música.
A Biblioteca encontrou sua sede definitiva em 1910, no edifício monumental projetado por Francisco Marcelino de Souza Aguiar. O evento fez parte do momento eclético da arquitetura brasileira, quando as reformas urbanas do prefeito Pereira Passos fizeram da Avenida Central o marco do Rio de Janeiro como a capital moderna do Brasil republicano.
A Biblioteca Nacional guarda na sua Divisão de Iconografia os documentos que contam a história de sua arquitetura. Por meio deles, podemos recuperar a memória construtiva das paredes e tetos que foram concebidos para a guarda da história intelectual da nação.
Preciosidades como desenhos, álbuns de fotografias e a superfície azul das cópias Ozalid revelam o tempo decorrido caminhando lado a lado com a tecnologia. Vislumbramos os tempos do projeto e da construção, o dia a dia nos espaços da instituição até as recentes obras de restauração e as propostas para a sua expansão. Em pleno século XXI o edifício da Biblioteca Nacional chega então aos 100 anos , enfrentando novos desafios: preparar-se para o futuro preservando ao mesmo tempo a memória de um país e a magnitude secular de sua arquitetura.