• Recueil des combats de Duguay-Trouin.

  • Prise de Rio Janeyro.

  • Tomada do Rio de Janeiro em 1711.

  • Mémoires de Duguay Trouin.

  • Relation d'un voyage.

SAIBA MAIS

As Mémoires de Duguay-Trouin, publicadas em 1740 (após uma edição pirata(!) de 1730) ilustram a epopéia corsária da França de Luís XIV. O relato bunda em extravagâncias, ataques e manobras de abordagem. A infeliz aventura de Duclerc em 1710 no Rio de Janeiro precedeu em um ano a façanha de Dunguay-Trouin. A estes episódios o autor dedica páginas de uma grande densidade dramática.

Pyrard de Laval, 1615, Voyages
Este viajante fez escala no Brasil, em Salvador, em 1610. Sua descrição é rápida e cheia de equívocos. O aventureiro faz o retrato de uma “sociedade colonial” luxuosa e corrompida, cujos traços serão retomados em descrições posteriores. Ele renova, contudo, o imaginário exótico: a aventura noturna com uma esposa “brasileira” vigiada ciosamente, na falta da conquista territorial cobiçada.

A CONQUISTA HOLANDESA DIVULGADA NA FRANÇA

Assim como as outras nações, os holandeses tentavam se estabelecer no Brasil. A cidade de Salvador da Bahia, tomada em 1624, é rapidamente evacuada, mas o Pernambuco, onde a conquista se inicia em 1630, é objeto de uma longa colonização. A obra de Pierre Moreau comenta feitos de guerra e divulga relatos admiráveis. A partir da dominação holandesa, informações precisas sobre a geografia e a história do Brasil circulam na Europa e atiçam a cobiça de vários países. Jean Maurice deNassau, governador do encrave holandês entre 1637 e 1644, estende o domínio até o Rio Grande do Norte e recorre ao trabalho de pintores e sábios. O compêndio histórico de Gaspar Barleus, os tratados naturalistas de Marcgrav e Pison são preciosos, e os trabalhos artísticos de Frans Post e de Albert Eckout, sobre a natureza, são únicos: índios, plantações, fauna, flora... Trinta e quatro quadros e oito tapeçarias realizadas segundo estes esboços foram presenteadas ao rei Luís XIV em 1679. E serviram de modelo para as tapeçarias com motivos exóticos fabricadas nos Gobelins.

Padre Antonio Vieira (1608-1697)

O jesuíta Vieira foi um missionário, orador e conselheiro político de exceção. Ele domina as letras luso-brasileiras do século XVII. Estes dois sermões foram os únicos publicados na França enquanto ele ainda estava vivo, e ilustram as alianças francesas da monarquia portuguesa. À parte os acontecimentos admiráveis que levaram à divulgação destes sermões, o discurso esboça uma pintura fabulosa das conquistas portuguesas: estas Índias Orientais e Ocidentais cobiçadas — Vieira era consciente disso — por uma França com uma espiritualidade militante e conquistadora, antes um apanágio dos reinos ibéricos.

OS CAPUCHINHOS BRETÕES NO BRASIL

Martin de Nantes, Histoire de la mission du P. Martin de Nantes, ... chez les Cariris, tribu sauvage du Brésil, 1671-1688, reimpressão — Roma: Arquivos Gerais da Ordem dos Capuchinhos, 1888. O relato do Padre Martin de Nantes elucida a missão dos capuchinhos franceses instalados em Olinda, os trabalhos de catequese, a vida dos índios cariri, a conquista do sertão. Em sinal de represália, estes missionários que estendiam-se até o vale do São Francisco, essencialmente franceses, foram expulsos após a ocupação de um forte português ao sul da Guiana em 1697.

O BRASIL NA ROTA PARA “OS MARES DO SUL”

*O “comércio do mar do sul” visava o acesso direto à prata peruana através da abertura de uma nova rota marítima via Cabo Horn. O desejo de fundar uma colônia também era às vezes um objetivo (empreendimento de De Gennes). Os navios podiam fazer estadias nos portos brasileiros de Salvador ou do Rio antes de descerem em direção ao sul. Com o início das hostilidades, os marinheiros e corsários privilegiam as águas menos controladas: a mítica Ilha Grande e a ilha de Santa Catarina, ao sul. Entre trocas e apoio dos colonos, represálias e ataques, as relações são das mais ambíguas. Depois de 1720, os navegadores continuarão a frequentar as águas costeiras e o litoral do Brasil.

O OURO e as MINAS DO BRASIL

Antonil, André João, Cultura e Opulência do Brasil por suas drogas e minas [1711]. A obra deste jesuíta foi interditada desde o momento de sua publicação. Ela trazia informações preciosas sobre o sistema econômico. A exploração das minas descobertas em 1698-99 e a opulência da cidade do Rio de Janeiro, contudo, já eram conhecidas na Europa.